O edifício da Fundação projectado pelo Arq. Álvaro Siza, foi concebido em homenagem ao Mestre Arquitecto, Pintor e Filósofo Nadir Afonso, juntando assim dois nomes maiores das artes em Portugal. É constituído entre outros espaços por atelier, salas de exposição, auditório, biblioteca e irá albergar o espólio do Arq. Nadir Afonso.
O edifício está implantado na margem Norte do Rio Tâmega em zona inundável em caso de cheia, como tal as cotas de funcionamento são elevadas em cerca de três metros, relativamente às cotas do terreno. Esta elevação é conseguida apoiando o edifício numa série de paredes com disposição e orientação, aparentemente aleatórias que, quais palafitas laminares, o soltam do terreno.
A estrutura é constituída por um conjunto rígido de paredes e lajes em betão armado aparente branco com capacidade para vencer os grandes vãos das vigas e consolas-parede do piso.
As paredes do piso com disposição, predominantemente, perpendicular em relação às inferiores, onde se apoiam, suportam as lajes (de piso e superiores) e permitem uma grande flexibilidade na formulação dos espaços arquitectónicos, formando uma ‘caixa rígida’ com imagem arquitectónica de grande monólito elevado. A ortogonalidade das paredes inferiores e superiores obrigou a um estudo especial no que respeita às tensões concentradas nas zonas de contacto dos dois tipos de elementos.
Situação singular é a cobertura do lanternim, formada por vigas metálicas sob contraplacado marítimo, solução que permitiu aligeirar cargas e possibilitou a execução de uma estrutura vertical esbelta e discreta, de encontro ao perseguido pelo autor do projecto de arquitectura.
No que respeita às fundações, as características geotécnicas existentes na zona de implantação do edifício, sedimentos fluviais com baixa compacidade e nível freático à superfície, impôs uma solução generalizada de fundação em estacas, moldadas “in situ” com diâmetro de 0,80m, executadas com trado contínuo. Todo edifício repousa, assim, a 11m de profundidade, no mesmo tipo de terreno, minimizando os assentamentos diferenciais.
O conceito de iluminação transmitido pelo Autor do projecto de arquitectura impôs aos sistemas de iluminação artificial um comportamento que fosse por um lado complementar da iluminação natural e por outro que a controlasse quando em excesso e a “substituísse” quando não fosse suficiente.
Assim, em resposta aos desafios técnicos colocados, o projecto de iluminação considerou para controlo da iluminação natural dispositivos motorizados de obscurecimento e sistemas de iluminação artificial no interior dos lanternins de forma a introduzirem luz nos espaços expositivos (e outros locais com o atelier) pelas aberturas utilizadas para condução da luz natural.
As funções de controlo, de comando e de monitorização destes sistemas de iluminação artificiais e naturais foi integrada nos sistema de gestão técnica centralizado, que permite a introdução de parâmetros de controlo em função do tipo, disposição e sensibilidade à luz que os objectos expostos apresentarem, dos horários de funcionamento, da presença/ausência de pessoas/visitantes e das condições de luz ambiente, procurando sempre utilizar o mais possível a luz natural de forma a reduzir os consumos de energia eléctrica com a iluminação.
. NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS,...
. A TOP MODEL SEGUNDO VÁRIO...
. PEQUENA ELEGIA AO FIO AZU...
. FUNDAÇÃO NADIR AFONSO. CH...
. “CHAVES NASCEU DAS ÁGUAS”...
. MOMENTOS